sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

I'll never find a love like this...

Abro a porta de casa.
Todos os dias é a mesma coisa, você vem, correndo, abanando seu rabinho enrolado. Eu sei que todos dizem que você não sabe sorrir, mas todas as vezes, quando aquela porta abre eu vejo um sorriso nos seus lábios.
Acho engraçada essa sua mania de latir para os aviões, para os pássaros e para os motoqueiros.
Adoro quando você vem me dar bom dia no banheiro, mesmo quando eu estou de mau-humor.
Se você soubesse falar a língua dos humanos, hum, acho que eu estaria perdida. Todos os meus segredos seriam revelados.


E você, que quando sobe as escadas e não consegue subir fica miando, pedindo para eu ir te buscar.
Admiro sua habilidade de andar pela casa sem enxergar, de saber onde cada coisa se encontra.
Sua forma de mostrar que gosta de algo é assustadora para algumas pessoas, mas para mim não.
Foram 16 anos juntas. Quase 17, e você também, sabendo de todos os meus segredos, acompanhando todas as passagens da minha vida, nos bons e nos maus momentos.
E pensar que tem gente que não gosta de bichos.
Quando você grita eles não se magoam, quando você precisa eles estão ali, quando você chega eles vem, como se você fosse a pessoa mais importante do mundo.

E agora?
Quem vai correr pra me dar oi quando eu chegar, quem vai deitar do meu lado até eu dormir, quem vai me pedir comida insistentemente mesmo sabendo que não vai ganhar nada? Quem vai latir toda vez que ouvir alguém na porta? Quem vai vir até o sofá miando, pedindo um carinho?

Dói, uma dor que tira toda a vontade de viver.
Mas eu estou em pé. Estou em pé por causa desse amor imensurável que eu sinto.

Saudades eternas.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

CTRL+ALT+DEL

Com os avanços tecnológicos chegando, bem que podiam inventar um CTRL+ALT+DEL humano.
Já pensou?

Acordei atrasada, esqueci de entregar um trabalho, levo bronca da chefe de graça (se fosse SÓ por esse motivo, ia usar o recurso todos os dias)
metrô lotado, o mundo caindo e seu guarda chuva sequinho em casa...



PÁRA TUDO!



CTRL+ALT+DEL

Reiniciando o dia...


(Usaria esta maravilha FÁCIL hoje...)

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Tédio

Se eu fosse emo, já teria cortado os pulsos.
Chega meia noite mas 18:30 não!

É, estou sem fazer nada no trabalho...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

TOP 5

Não, eu não estou imitando o CQC, eu simplesmente ADORO listas, de todos os tipos, assuntos... Enfim. A-do-ro!
Resolvi dividir com os poucos (que, quem sabe algum dia tornar-se-ão muitos) leitores deste humilde blog esta minha loucura.
Como estamos nos encaminhando para o período de maior stress de todo universitário, resolvi começar com um assunto que poderia ser um TOP 5 mil, mas preferi não me alongar tanto...


Coisas que preciso fazer e não quero/não tenho tempo/tenho MUITA preguiça

1) Estudar
Tenho duas provas, 3 trabalhos (que eu me lembre) e dois livros inteiros para ler.
O engraçado é que, quando se tem coisas importantes a fazer o mundo se torna tão mais atraente...

2) Cortar o cabelo
Tá, isso eu assumo que é a maior preguiça do mundo. Mas também me irrito aos montes indo ao cabeleireiro. O cara (que, hum, claro, é daqueles gays BEM afetados) corta sempre cinco dedos a mais do que eu quero que ele corte, o salão sempre está cheio daquelas madames com nada na cabeça a não ser um monte de tinta, progressiva... Não, eu não tenho a mínima paciência para este tipo de coisa...

3) Fazer as unhas
Posso citar o mesmo motivo acima. Não tenho paciência. Mesmo adorando o resultado final...

4) Passar num caixa eletrônico

Isso COM CERTEZA não é preguiça, nem falta de vergonha na cara. O problema é que o ÚNICO caixa eletrônico do Bradesco perto de mim é o da faculdade. E adivinha só: SEMPRE quebrado.
Portanto, no money at all! (Minha irmã deveria ter uma máquina de cartão de débito, facilitaria MUITO a minha vida!)

5) Exames

De todos os tipos, para todas as especialidades médicas. Neste quesito a falta de tempo me atrapalha... (Médicos deveriam atender, pelo menos, um sábado por mês. Assim ajudariam os pobres universitários que estudam, trabalham e não tem tempo de fazer aquele check-up anual).
Pois é, bons tempos em que eu simplesmente acordava, ia para a escola, voltava da escola, dormia, dormia, dormia...

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Essa tal amizade...

Muitas pessoas já me disseram que eu falo demais para não escutar os meus pensamentos.

Antes eu achava besteira, mas depois de passar os últimos 4 dias sozinha em casa eu começo a acreditar seriamente nisso.

E o mais irônico é que eu sempre, desde que me conheço por gente sonho em morar sozinha.

Mas enfim, quando não estava tentando camuflar o que se passava em minha mente, eu comecei a questionar todas as minhas relações de amizade. O mais engraçado é que, claro que não consigo manter contato com todos, mas tenho grandes amigos que tinham tudo para se perder entre as milhões de coisas novas que aconteceram durante o passar dos anos e acabarem virando somente lembranças boas de algum lugar do passado.

Na quinta feira reecontrei dois dos meus grandes amigos. É muito bom perceber que, mesmo quando as coisas mudam, mesmo quando os destinos, os gostos, as opiniões mudam, a amizade prevalece, acima de tudo. E sem contar que, pelo menos para mim, é muito bom ouvir as pessoas pasmas falando: "Nossa, você encontrou o fulano? Mentira! Não acredito que vocês ainda são amigos"!

Acredito que grandes amizades não são aquelas em que se mantém contato sempre, afinal, assim é muito fácil dizer que cultiva uma amizade. Claro que grandes amizades começam assim. Mas a verdadeira amizade é aquela que, mesmo com o passar dos anos, mesmo com as surpresas que a vida impõe e que acabam afastando as pessoas queridas, ela consegue ressurgir, como se nunca tivesse sumido, fazendo com que você acredite que encontrou aquele seu grande amigo ontem.

Digo tudo isso porque, estava sozinha em casa, mas sempre em companhia dos bons amigos, velhos ou novos, mas sempre bons amigos.


Dedicada a todos os meus amigos

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Parabéns

Existem certos dias em que sua ausência é acentuada pelas milhões de coisas que se passam em minha cabeça.

Sei que não éramos muito próximos, às vezes passávamos horas sem trocar uma palavra, como quando você me levava para o colégio de manhã.
Talvez fosse o sono, ou "O Pulo do Gato" da Rádio Bandeirantes tocando no rádio que não deixava a nossa conversa fluir. Mas sua presença me fazia bem.

Nossas brigas eram raras, e mesmo assim eu morria de medo de você.
A mamãe sabia, tanto que toda vez que eu queria alguma coisa que ela não queria deixar eu fazer, ela mandava eu falar com você. E você, com sua confiança em mim sempre deixava e eu ia feliz.

Hoje eu sei porque vocês brigavam comigo quando eu ficava trancada no quarto sozinha, ou quando não queria passar o final de semana na praia. Exatamente para eu não sentir este remorso, essa angústia, essa culpa por não ter te aproveitado mais, passado mais tempo com você.

E pensar nas milhões de vezes em que eu tive a oportunidade de dizer milhões de coisas e não disse nada.
Mas é claro, também lembro dos bons momentos. Das nossas andanças pelo centro da cidade - um passeio que nunca mais será completo - das nossas viagens, dos seus almoços, principalmente os da praia... A casa sempre cheia, do jeito que você adora.

Acho que nunca senti tanto sua falta como agora. E hoje, dentre tantas coisas que eu tenho engasgadas para dizer a única coisa que eu queria era poder dizer parabéns.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Entrevista com uma Pedra

Quando cheguei para entrevistá-la, a pedra estava mal-humorada. Não gostava de dar entrevistas.Ela tinha descido a colina rolando, pois queria logo acabar com isso, então veio ao meu encontro mais rápido que pôde.

Eu: Bom dia!

Pedra: Bom dia!

Eu: Está confortável assim, ou prefere ir para outro lugar?

Pedra: Vamos fazer esta entrevista aqui mesmo. Quero acabar logo com isso.

Eu: Sem problemas. Gostaria de perguntar-lhe, primeiramente, como acha que as outras pedras reagirão à sua entrevista? Afinal, para nós, humanos, as pedras não falam.

Pedra: Eu só concordei em ceder-lhe esta entrevista porque acho um absurdo os humanos pensarem que são superiores que os demais seres, só porque têm cérebro. Existem outras formas de pensar sem cérebro. É a mesma coisa que nós, seres da Terra acharmos que estamos sozinhos nesta imensidão que é o Universo. Claro, talvez não existam seres semelhantes a nós (digo a nós pedras, apesar de que a vocês, humanos, também não existam), mas que eles existem e estão lá... ah! Isso é um fato! As outras pedras talvez fiquem bravas, me privem do convívio com as outras pedras, mas eu acredito que, no fim, estarei fazendo um grande favor a todas as minhas semelhantes, desde a montanha mais alta, até o menor grão de areia; por mais que elas temam que isso aconteça agora, talvez, no futuro, quando todos saberem que todos os seres deste planeta têm sua maneira de pensar e de conviver com seus semelhantes, o convívio entre espécies diferentes se torne mais harmonioso.

Eu: Você crê que, com esta grande revelação, nós (quando digo nós, não digo nós todos mas nós a espécie) talvez tenhamos uma reação contrária a que você espera?

Pedra: Talvez, mas eu gosto de correr riscos. Todas as pedras gostam. As que vivem perto do mar se desgatam mais, afinal a briga com o mar parece ser eterna, as que vivem mais para o inteiror temem o homem. Vocês gostam demais de nos agredir. Gostaria de registrar, através desta entrevista que nós, pedras também temos sentimentos!!

Eu: Mas nós não sabíamos disso, e também precisamos de vocês para continuar o nosso progresso.

Pedra: Vocês são muito individualistas. Pensam somente no seu progresso, na sua casa, na sua rua, na sua avenida. Agora que revelei ao mundo que nós, Pedras (escreva com maiúscula, sim?) também somos providas de inteligência e sentimento vocês poderiam parar com isso.

Eu: Mas Pedra, não há como impedir o progresso da vida humana.


Pedra: Não quero saber. Existem pedras que, de tanto medo de vocês, humanos, se suicidam. Claro, acabam causando catástrofes na vidinha perfeita de vocês e vocês ficam revoltados. Eu não tenho medo, tanto que vim até aqui, dizer ao mundo o que acontece com nós por causa de vocês. Chega, não falarei mais nada porque vocês, de inteligência limitada nunca vão entender como é difícil ser uma pedra.

Eu: Obrigada Pedra por esta entrevista tão esclarecedora.

Pedra: Disponha.

A Pedra virou-se e viu um caminhão pilotado por humanos tentando retirá-la do caminho. Já nervosa começou a gritar com todos os que a apalpavam. Assustados todos saíram correndo e ela saiu, feliz, rolando de volta ao lugar que pertence.


Esta é mais uma das loucuras que meu
professor de criação de texto me manda fazer...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Porque Paula não tinha um blog

Paula sempre gostou de escrever. Sobre qualquer coisa, mas principalmente, gostava de escrever sobre coisas que a incomodavam. Coisas até que particulares, mas que, mesmo quem conhecesse ela, não saberia logo de primeira do que se tratava.
Eram coisas que ela raramente contava para alguém.

Ela nunca gostou muito daquela coisa de diário... Sempre que começava um, parava logo depois.
E foi assim com todos os blogs que iniciou:

- Desta vez - pensou ela - vou fazer diferente. Sem escrever estas coisas sentimentalistas que ninguém entende direito e que sempre me fazem desistir do blog. Mas escrever sobre o que?
(Eu sei, este foi o post anterior)

Bom, enfim, o que eu sei é que Paula resolveu montar um blog mais uma vez. Mas as "coisas de Paula" sempre estavam lá. É algo que ela não consegue abandonar com tanta facilidade.

E hoje, após muito pensar, Paula resolveu escrever tentando explicar o porquê do repentino abandono deste blog que quase ninguém lê.

Ela queria escrever coisas diferentes, mas o que vem à sua cabeça é sempre a mesma coisa. Não a mesma coisa igual todo dia, mas a mesma idéia sobre várias idéias diferentes.

Mas Paula constatou que não ia mudar mesmo e resolveu continuar assim. Continuar o blog. Continuar a pensar as milhões de coisas que se passam dentro da sua cabeça sem nem mesmo ela entender. Continuar a escrever o que lhe vier a cabeça, mesmo que tudo o que lhe vier a cabeça não passar de sentimentalismo barato.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Ressaca

Essa semana foi assim, uma ressaca.
Domingo ressaca do sábado, e durante a semana ressaca da vida.

Ressaca do emprego, ressaca da família, dos amigos e inimigos. Ressaca de tudo que me rodeia.

Que bom que quando vem a ressaca, um remedinho já resolve

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Rascunhos

Às vezes sinto uma vontade enorme de escrever, porém nada me vem a cabeça.

Penso em escrever das folhas que estão sobre a minha mesa de trabalho ou até sobre o trabalho que está acumulado na minha primeira gaveta da esquerda (mesmo porque, minha mesa só tem gavetas do lado esquerdo), mas a coisa não flui.

Aí desisto, mas desisto por cinco minutos. A vontade de escrever me domina. Abro o Word, aquela imagem branca começa a saltar meus olhos, meu Deus, que vontade de preenchê-la com as mais inúmeras histórias, idéias, pensamentos.
Mas novamente nada me vem a mente.

Paro e começo a pensar nas outras coisas que tenho para fazer. E nada.

Aí resolvo começar qualquer coisa.

Escrevo, apago.
Escrevo de novo. Não, não gostei.

De repente ouço meu nome. Saio do transe.

Minha chefe me enche de incumbências que não tem nada a ver com a profissão que quero exercer futuramente (afinal, creio que o estágio é para aprender coisas relacionadas à profissão que você escolheu), mas mesmo desgostosa, eu acato às suas ordens sem abrir minha boca.

Depois de um tempo, quando volto ao transe inicial, eis que encontro, rascunhos que talvez nunca serão publicados, ou sequer guardados, mas que talvez dariam um grande texto.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Inferno Astral

Não gosto de fazer aniversário, mas comemoro.
Só não gosto da parte do parabéns, cortar bolo, fazer pedido.

Aniversário é igual ano novo. Uma besteira.
Os pedidos nunca são atendidos, a roupa branca (no caso do ano novo) nunca funciona, sem contar que nunca consigo apagar as velas de uma vez só.

Essas duas datas dependem muito de quando você começa a contar. Pra mim, o ano novo deveria ser individual, cada um comemora seu ano novo no dia do aniversário, afinal é quando o MEU ano vira. E o aniversário, sei lá, você escolhe sabe? 21 anos e um mês.

Sem contar que, no dia em que você completa anos, aquelas pessoas que você nunca vê, simplesmente pela obrigação de desejar tudo de bom, te ligam como se falassem com você pelo menos uma vez por semana.

Tudo bem, tudo bem, hoje já não ligo mais pra tudo isso, mesmo porque, não faz mais diferença.
Mas todo ano, quando vem chegando o meu aniversário eu paro pra pensar em tudo isso, nessa coisa que não tem significado nenhum. Ou pelo menos o significado que as pessoas dão a este evento.

Pra mim, aniversário tem que ser comemorado ao lado das pessoas que realmente importam e que se importam.
Por isso, domingo, não tentem me achar em casa. Estarei ao lado das duas pessoas mais importantes da minha vida.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Opiniões de uma "mera estagiária"

Era um salão grande, com pé direito alto, lustres imponentes e muitas cadeiras pretas.
Antes do início do evento a falta de pessoas tornava o lugar um tanto triste; só não mais triste por causa da luz solar que penetrava no ambiente pelas grandes janelas de vidro do prédio, que iam do chão ao teto.
Pensei que, se este evento fosse a noite, a impressão que teria não seria de um lugar triste, porém assombrado.
A medida que as pessoas iam chegando, pude perceber conversas animadas, sobre os mais diversos temas.
Ora, não estava lá para ouvir conversas sobre motos ou sobre a sinopse de hoje da novela. Me encontrava lá para acompanhar um evento político.
Nos embalos da campanha eleitoral, o Movimento Voto Consciente promoveu, na Câmara Municipal de São Paulo um evento para divulgar o balanço eleitoral que fora feito por eles.
Voltando a falar sobre os presentes, que em sua maioria eram senhoras que fazem parte do Movimento e alguns jornalistas, não faziam volume suficiente para ocupar os 300 e tantos lugares que o salão disponibilizava.
Nunca fui uma pessoa muito ligada ao meio político. Sempre soube o que a maioria sabia.
Hoje, trabalhando diretamente com política (ou melhor, para um político) posso dizer que entendo, com um pouco mais de aprofundamento, o que acontece dentro de uma das maiores casas legislativas do país.
Sinceramente, não me orgulho muito do que vejo, e conhecendo, como conheci, políticos, seus assessores e até um futuro político, não crio esperanças de melhora na imagem que temos dos "donos do poder".
Mas enfim, voltemos ao evento.
Amália Silas, a vice-coordenadora do Voto Consciente apresentou Sônia Barbosa, coordenadora, que, primeiramente, agradeceu às pessoas da Câmara que cederam o espaço a ela.
Depois começou a discursar sobre a atuação do Voto Consciente na Câmara Municipal e explicou também os critérios de avaliação para o balanço feito por eles.
Não vou me prender a todos os detalhes mas, no geral, a avaliação deles não foi a melhor possível.
Mesmo trabalhando hoje com políticos, não há muito o que discordar. Muitas pessoas que sabem o que faço, me procuram e "metem o pau" nos vereadores como se eu tivesse alguma culpa.
E, a partir daí eu chego a conclusão de que, se brigam comigo, que sou (como dizem por lá) uma "mera estagiária", a política está longe de mudar, afinal, o que eu tenho a ver com a falcatrua que se arma no circo onde trabalho?

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Sobre o dia dos pais

Acordei no domingo como se fosse mais um domingo qualquer.
Minha mãe me lembrou que tínhamos um compromisso, não era bem um compromisso, mas eu tinha que criar coragem e levantar da minha cama quentinha e me trocar o mais rápido possível.
Eu, ela e minha irmã fomos comemorar o dia dos pais tomando café-da-manhã no Velhão, um restaurante na Serra da Cantareira.
Fizemos a mesma coisa no dia das mães, só que chegamos mais cedo e quase morremos para conseguir um lugarzinho sequer.

Não sei se é porque estava frio, mas neste domingo o restaurante estava bem mais vazio do que no segundo domingo de maio.
Rimos da situação, mas depois, parando para pensar, achei impressionante como as pessoas dão bem mais valor às mães do que aos pais. Não que a mãe não seja importante, ela é, e muito. Mas a figura paterna também tem um papel importante, tão importante quando o papel materno.
Vai ver eu penso desta forma hoje porque não tenho mais meu pai ao meu lado, mas é algo a se pensar.
No domingo "das mães" as churrascarias têm filas enormes, esperas que chegam a durar três horas.
No domingo "dos pais" também têm, mas não nesta proporção.

Hoje, comemoro o segundo domingo de agosto com muito mais ânimo do que há dois anos atrás, talvez seja para lembrar as pessoas que ainda têm um pai, para curtirem cada momento, cada segundo, porque aquele momento, aquele segundo, será único.