quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Opiniões de uma "mera estagiária"

Era um salão grande, com pé direito alto, lustres imponentes e muitas cadeiras pretas.
Antes do início do evento a falta de pessoas tornava o lugar um tanto triste; só não mais triste por causa da luz solar que penetrava no ambiente pelas grandes janelas de vidro do prédio, que iam do chão ao teto.
Pensei que, se este evento fosse a noite, a impressão que teria não seria de um lugar triste, porém assombrado.
A medida que as pessoas iam chegando, pude perceber conversas animadas, sobre os mais diversos temas.
Ora, não estava lá para ouvir conversas sobre motos ou sobre a sinopse de hoje da novela. Me encontrava lá para acompanhar um evento político.
Nos embalos da campanha eleitoral, o Movimento Voto Consciente promoveu, na Câmara Municipal de São Paulo um evento para divulgar o balanço eleitoral que fora feito por eles.
Voltando a falar sobre os presentes, que em sua maioria eram senhoras que fazem parte do Movimento e alguns jornalistas, não faziam volume suficiente para ocupar os 300 e tantos lugares que o salão disponibilizava.
Nunca fui uma pessoa muito ligada ao meio político. Sempre soube o que a maioria sabia.
Hoje, trabalhando diretamente com política (ou melhor, para um político) posso dizer que entendo, com um pouco mais de aprofundamento, o que acontece dentro de uma das maiores casas legislativas do país.
Sinceramente, não me orgulho muito do que vejo, e conhecendo, como conheci, políticos, seus assessores e até um futuro político, não crio esperanças de melhora na imagem que temos dos "donos do poder".
Mas enfim, voltemos ao evento.
Amália Silas, a vice-coordenadora do Voto Consciente apresentou Sônia Barbosa, coordenadora, que, primeiramente, agradeceu às pessoas da Câmara que cederam o espaço a ela.
Depois começou a discursar sobre a atuação do Voto Consciente na Câmara Municipal e explicou também os critérios de avaliação para o balanço feito por eles.
Não vou me prender a todos os detalhes mas, no geral, a avaliação deles não foi a melhor possível.
Mesmo trabalhando hoje com políticos, não há muito o que discordar. Muitas pessoas que sabem o que faço, me procuram e "metem o pau" nos vereadores como se eu tivesse alguma culpa.
E, a partir daí eu chego a conclusão de que, se brigam comigo, que sou (como dizem por lá) uma "mera estagiária", a política está longe de mudar, afinal, o que eu tenho a ver com a falcatrua que se arma no circo onde trabalho?

Um comentário:

Andrício de Souza disse...

A culpa disso tudo é de uma pessoa que tem o mesmo nome da minha mãe, o mesmo cabelo do Paulo Nunes, o mesmo humor de Hitler, a mesma altura de um anão, a mesma voz de Elza Soares no final da festa e a mesma alegria de viver de um suicida.